História

O TRABALHO REALIZADO NA COMUNIDADE JAGUARÉ
Av. Kenkiti Shimomoto, Jaguaré, São Paulo

Como começou

Tudo se iniciou em 20 de março de 2002, quando Vera Nice Barbosa, uma das nossas trabalhadoras, saindo do Hospital Universitário, na USP, avistou uma criança, mais precisamente um menino, desfalecendo ao lado de uma senhora que a acompanhava. Assim, Vera dirigiu-se até aquelas pessoas e perguntou o que se passava com a criança, tendo a citada senhora respondido que o menino estava naquele estado desde a manhã. Os fatos ocorreram por volta das 13:00 horas. A criança voltou a si e Vera lhe perguntou se havia tomado o café da manhã, tendo respondido que não. Em seguida, Vera levou a criança – André é o seu nome – para uma lanchonte. Começaram a conversar e ele lhe relatou as dificuldades de sua família, composta de mais dez irmãos, estando seu pai, Carlos José, desempregado e sua mãe, Janete, possuindo um emprego de meio período, recebendo um rendimento muito insuficiente para o sustento da numerosa família.

Sensibilizada com a história, Vera fez uma boa compra de supermercado e dirigiu-se a casa de André, juntamente com outra trabalhadora, Nara Silvia de Fátima Amorim.

Constatado o problema da família, Vera e Nara, que naquela oportunidade faziam a Escola de Aprendizes do Evangelho, no Grupo Socorrista Maria de Magdala, Centro Espírita Kardecista, situado na rua Iquirim, 316/324 – Vila Indiana, São Paulo, trouxeram o problema para ser discutido na classe onde realizavam seus estudos.

Foi então que todos os alunos daquela classe se uniram e mensalmente uma cesta básica bem farta era encaminhada por alguns até a família necessitada.

Esta foi a primeira família a ser assistida.

 

O desenvolvimento do trabalho

Os meses foram passando e podíamos perceber o quanto as nossas visitas, juntamente com os alimentos que eram encaminhados, faziam a diferença. A família ia se fortalecendo e a esperança de dias melhores era facilmente percebida no rosto de cada uma das crianças e dos pais. O chefe da família, inclusive, logo conseguiu um novo emprego.

Em meados do ano de 2003, uma outra criança veio nos procurar, era o Davi, filho da Dimiralva, conhecida por Nalva, uma mulher que sustentava sua família sozinha, com muitas dificuldades.

Percebemos que esta família deveria também ser assistida. A família era composta da mãe e seis filhos. A residência do grupo encontrava-se em uma situação lastimável devido às dificuldades financeiras detectáveis no primeiro contato.

Uma outra classe do Grupo Socorrista Maria de Magdala foi solicitada a “assumir” esta nova família. Os novos trabalhadores se incorporaram aos antigos com muito entusiasmo, dando um novo impulso para o trabalho.

Hoje a casa de Nalva está reformada e também a esperança de um futuro melhor nos tem sido passada por esta mulher tão forte e lutadora.

E assim foram surgindo as famílias e os trabalhadores.

 

O trabalho espiritual

Passamos com o tempo a não apenas levar os alimentos, conversar com as famílias assistidas, mas como somos um grupo religioso, fazíamos orações, líamos o Evangelho nas casas visitadas.

Pudemos então perceber que as orações eram aceitas com entusiasmo e assim em 08 de maio de 2004 iniciamos um trabalho espiritual, reunindo todos aqueles que assim desejassem.

Cada reunião encontra-se registrada, assim como os temas desenvolvidos, conforme documento anexo.

Com relação às crianças, também passamos a desenvolver um trabalho específico, com oração, estórias, desenhos. Conceitos relativos a valores humanos têm sido introduzidos neste trabalho lúdico.

 

As reuniões

A primeira reunião realizada pelo grupo foi em 13 de julho de 2004 e o intuito foi estruturar o trabalho.

Passamos a registrar as reuniões, lavrando atas, conforme documentos juntados.

5. O objetivo do grupo:

Em 11 de janeiro de 2005 ficou estabelecido o objetivo do grupo, nos seguintes termos:

“O objetivo do grupo é espiritual e de promoção de ações educativas, culturais, sociais e de saúde à criança, ao adolescente e suas famílias, visando à formação de um ser humano participativo e consciente de seu papel de cidadão.”

 

As palestras sociais

Com o intuito de concretizarmos o nosso objetivo voltado à promoção de ações educativas, culturais e sociais, introduzimos no nosso trabalho palestras sociais.

Duas palestras já foram efetivadas. A primeira, ministrada por Mariza Dias de Oliveira e Rosangela do Nascimento, profissionais da área de recursos humanos, que deram “dicas” de como procurar um emprego. A segunda palestra foi proferida pelo Doutor Carlos Augusto do Nascimento, médico, que esclareceu aos presentes a respeito das doenças sexualmente transmissíveis e a forma de prevenção.

 

Quem colabora com as cestas básicas

As contribuições vêm dos trabalhadores, que na sua maioria pertencem aos Grupos Socorristas Maria de Magdala e Edgard Armond. Há um grupo denominado “GAC – Grupo Amigos do Coração”, que colabora com diversos projetos sociais e assistenciais, também auxilia e participa do trabalho.

O Grupo Socorrista Maria de Magdala atualmente auxilia com gêneros alimentícios.

 

Os trabalhadores

Hoje já somos 43 (quarenta e três) pessoas engajadas neste trabalho.

 

As famílias assistidas e a cesta básica

São nove as famílias assistidas.

 

CASA DE MARIA E MARTA
Rua Engenheiro Victor Freire, 241, Jaguaré, São Paulo

Como surgiu

A “Casa de Maria e Marta” surgiu da necessidade do grupo de ampliar o trabalho.

O fato é que realizávamos o trabalho junto à Comunidade Jaguaré uma vez por mês (segundo sábado do mês), sendo que às 14:00 horas dávamos início ao “Evangelho no lar” e à dinâmica com as crianças. Posteriormente eram feitas as palestras sociais e o cadastro com as famílias. Assim, permanecíamos com a comunidade por cerca de 02 (duas) horas.

Para os trabalhos eram utilizadas as casas das famílias.

Percebemos, assim, que para ampliar o trabalho era necessário um espaço físico, onde poderíamos realizar pequenos encontros com as mulheres, ensinando-as trabalhos manuais, artesanato e ministrando-lhes alguns ensinamentos a respeito de alimentação, higiene e saúde.

Sentíamos, também, necessidade de ampliar o trabalho com as crianças, com uma recreação instrutiva, sempre com o intuito de desenvolver nestes pequenos seres os valores humanos.

Considerando, também, que a comunidade é rodeada de empresas, estávamos certos que poderíamos fazer parcerias para encaminhar jovens e pais de família para um trabalho remunerado.

Assim, esta vontade foi tão efetiva e determinada que passamos a ser orientados pelo Luiz Kamitani, atual Presidente do Grupo Socorrista Maria de Betânia, que, de início, sugeriu a organização jurídica do grupo.

No dia 17 de setembro de 2005, conforme consta da ATA DA 8ª. REUNIÃO DO GRUPO, a “Casa de Maria e Marta” foi formalmente estabelecida, sendo que nesta reunião foram aprovados os Estatutos Sociais, eleitos os Membros do Conselho de Administração, Conselho Fiscal e a diretoria da entidade (documento anexo).

Nos Estatutos, os objetivos do grupo foram reafirmados e bem claro ficou que a “Casa de Maria e Marta” terá duplo objetivo, ou seja, espiritual e social.

A “Casa de Maria e Marta” é 18º Casa da União Fraternal, entidade espírita que congrega muitas Casas e Grupos Socorristas Espíritas Kardecistas.

A sede

Em 03 de novembro de 2005, às 11:00 horas, foi assinada a escritura de compra e venda do imóvel destinado aos trabalhos da “Casa de Maria e Marta”, imóvel este situado na rua Engenheiro Victor Freire, 241, Jaguaré, São Paulo.

 

Os trabalhos atualmente desenvolvidos

O trabalho de visitas às família da Comunidade Jaguaré, entregas de cestas básicas, cadastramentos de famílias e “Evangelho no Lar” continua a ser realizado e a intenção é continuar a desenvolvê-lo da mesma forma e ampliá-lo para abranger mais famílias.

Todos os segundos sábados do mês, às 14:00, o grupo com muita alegria, amor e determinação faz este trabalho social e espiritual.

Implantamos, também, com orientação espiritual, um trabalho de Vibrações pela nova Casa, trabalho este efetuado com alguns trabalhadores do grupo e atualmente desenvolvido no Grupo Socorrista Maria de Magdala.

Tal trabalho será em breve transferido para a “Casa de Maria e Marta”, sempre segundo as orientações espirituais recebidas.

Acreditamos que, no tempo certo, estando o imóvel em condições de ocupação, poderemos iniciar a realização dos objetivos da entidade, desenvolvendo trabalhos sociais e espirituais, conforme é a vontade do Grupo.

No dia 07 de dezembro de 2005 a Casa de Maria e Marta foi aberta, às 14:00 horas para o seu primeiro trabalho espiritual. Iniciamos neste dia reunião de vibrações pela casa.